
No GP da Espanha de 1986, em Jerez de la Frontera, Senna e Mansell disputaram até a linha de chegada. O brasileiro venceu por apenas meio carro. Os dois tornaram-se rivais e se esbarraram mais algumas vezes nesta temporada e na seguinte. Em 1988, Senna contava com a McLaren-Honda MP4/4, um dos melhores carros da história da categoria. Mansell, ao contrário, sofria com um fraco Williams-Judd. Mesmo assim, o inglês era valente. No GP da Hungria, brigava volta a volta com o brasileiro e acabou rodando quando tentava a ultrapassagem.
Em 1989, Mansell mudou-se para a Ferrari, mas continuou com a sina de encontrar Ayrton Senna nos GPs. De novo na Hungria, o inglês realizou uma das mais belas ultrapassagens da F-1, quando, em uma pista estreita, deixou Senna e o retardatário Stefan Johansson, da Onyx, de uma só vez para trás. No mesmo ano, em Portugal, Mansell parou o carro fora da marca no pit stop e deu marcha-a-ré, o que era proibido pelo regulamento.
Resultado: recebeu bandeira preta e foi desclassificado da corrida. Mesmo assim, continuou andando rápido e acabou saindo da prova junto com Senna, quando este se precipitou e tentou a ultrapassagem sobre o inglês.
Senna e Mansell disputaram o título em 1991. No GP da Espanha, ambos dividiram a reta, lado a lado, quase se tocando. Esta cena tornou-se um dos momentos mais célebres da história da F-1. No GP do Japão, Ayrton Senna optou por um duelo direto com o inglês, apostando em sua instabilidade emocional. Deu resultado: Mansell exagerou e saiu da pista, dando o título para o brasileiro.
No ano seguinte, os dois protagonizaram seu último grande duelo na Fórmula 1. Mansell, com sua Williams perfeita, teve um pneu furado no GP de Mônaco e entrou nos boxes para fazer a troca. Ele voltou atrás de Senna que se aproveitou da pista estreita para domar o "Leão". Esta foi uma das vitórias mais sensacionais do brasileiro, que ainda teve o motor estourado logo depois de cruzar a linha de chegada.
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